Tudo sobre Osteoartrite: Causas, Sintomas, Diagnóstico e Novidades da Ciência

Neste artigo, vamos trazer Tudo sobre Osteoartrite: Causas, Sintomas, Diagnóstico e Novidades da Ciência.

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, osteoartrite é o mesmo que osteoartrose, artrose ou doença articular degenerativa. A osteoartrite (artrose) é uma doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas, entre elas os osteófitos, conhecidos, vulgarmente, como “bicos de papagaio”. No conjunto das doenças agrupadas sob a designação de “reumatismos”, a osteoartrite é a mais freqüente, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia.

A osteoartrite (artrose), em conjunto, tem certa preferência pelas mulheres, mas há localizações que ocorrem mais no sexo feminino, por exemplo mãos e joelhos, outras no masculino, como a da articulação coxofemoral (do fêmur com a bacia). Ela aumenta com o passar dos anos, sendo pouco comum antes dos 40 e mais freqüente após os 60.

Principais Causas da Osteortrite

1. Envelhecimento

O envelhecimento é o principal fator de risco, pois o desgaste natural da cartilagem aumenta com o tempo.

2. Hereditariedade

Fatores genéticos podem predispor algumas pessoas à osteoartrite, especialmente em casos de deformidades ósseas ou articulares herdadas.

3. Obesidade

O excesso de peso aumenta a carga sobre as articulações, especialmente joelhos, quadris e coluna, acelerando o desgaste da cartilagem.

4. Lesões Articulares

Traumas, fraturas ou lesões esportivas podem danificar a cartilagem ou alterar o alinhamento das articulações, favorecendo o desenvolvimento da artrose.

5. Uso Excessivo ou Repetitivo

Atividades que exigem esforço repetitivo de certas articulações podem causar microlesões e desgaste acelerado.

6. Doenças Articulares Preexistentes

Condições como artrite reumatóide, gota ou infecções articulares podem aumentar o risco de osteoartrite secundária.

7. Desalinhamento ou Deformidades Articulares

Alterações anatômicas, como pernas arqueadas ou joelhos valgos, podem sobrecarregar áreas específicas da articulação, acelerando o desgaste.

8. Fatores Metabólicos

Doenças como diabetes e distúrbios hormonais podem estar associadas ao desenvolvimento e progressão da artrose.

9. Falta de Atividade Física

A ausência de exercícios pode levar à fraqueza muscular, o que diminui o suporte às articulações, facilitando o desgaste.

10. Sexo

Mulheres, especialmente após a menopausa, têm maior propensão a desenvolver osteoartrite devido a alterações hormonais que afetam a saúde das articulações.

A combinação desses fatores pode variar de pessoa para pessoa, e estratégias preventivas, como manter um peso saudável e adotar exercícios regulares, podem ajudar a reduzir o risco ou retardar a progressão da artrose.

A osteoartrite apresenta sintomas relacionados ao desgaste das articulações e à inflamação associada. Os principais sintomas incluem:

Principais Sintomas

1. Dor Articular

Dor localizada na articulação afetada, que geralmente piora com o movimento ou esforço e melhora com o repouso.

2. Rigidez

Sensação de rigidez nas articulações, especialmente ao acordar ou após períodos de inatividade (rigidez matinal).

3. Diminuição da Amplitude de Movimento

Limitação na capacidade de movimentar a articulação devido à dor ou ao desgaste estrutural.

4. Crepitação (Estalos)

Sensação ou som de estalos ao mover a articulação, causado pelo atrito entre as superfícies articulares desgastadas.

5. Inchaço

Pode ocorrer devido à inflamação na articulação, especialmente em fases mais avançadas da doença.

6. Deformidade Articular

Alterações na forma da articulação devido ao desgaste do osso e cartilagem, ou crescimento de osteófitos (esporões ósseos).

7. Fraqueza Muscular

A dor e a limitação de movimento podem levar à atrofia muscular ao redor da articulação afetada.

8. Sensibilidade

Sensação de desconforto ou dor ao pressionar a articulação.

9. Fadiga e Impacto Geral

Em casos mais graves, a dor e a limitação funcional podem causar fadiga e impactar a qualidade de vida.

Esses sintomas variam em intensidade, podendo ser leves no início e progressivamente se tornarem mais incapacitantes. Buscar diagnóstico precoce é essencial para melhor manejo da condição e para preservar a funcionalidade articular.

O diagnóstico da artrose é realizado por meio de uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e, em alguns casos, testes laboratoriais para excluir outras condições. A abordagem envolve os seguintes passos:

Diagnóstico da Artrose

1. Avaliação Clínica

Histórico Médico

O médico investiga sintomas como dor, rigidez, e limitação funcional.
Pergunta sobre histórico familiar de artrose, lesões articulares, ou condições associadas.

Exame Físico

Avaliação da mobilidade das articulações, presença de inchaço, deformidades, ou crepitações (estalos).
Verificação de sensibilidade à palpação e sinais de desgaste articular.

2. Exames de Imagem

Radiografia (Raio-X)

Exame mais comum para diagnosticar artrose.
Mostra sinais como:
- Redução do espaço articular.
- Formação de osteófitos (esporões ósseos).
- Alterações ósseas como esclerose subcondral.

Ressonância Magnética (RM)

Utilizada em casos mais complexos ou para avaliar tecidos moles (cartilagem, tendões e ligamentos).
Indica o grau de desgaste da cartilagem e inflamação local.

Ultrassonografia Articular

Auxilia na visualização de alterações nos tecidos moles, como derrame articular e inflamação da membrana sinovial.

3. Testes Laboratoriais (para exclusão de outras doenças)

Exames de Sangue

Realizados para descartar condições como artrite reumatóide, gota, ou outras doenças inflamatórias sistêmicas.
Marcadores como fator reumatóide (FR) e anticorpos anti-CCP são avaliados em suspeita de artrite reumatóide.

Análise do Líquido Sinovial

Retirado da articulação com uma punção (artrocentese).
Ajuda a excluir infecções ou condições como gota (presença de cristais no líquido).

Diagnóstico Diferencial

Condições como artrite reumatóide, artrite psoriásica, ou gota podem apresentar sintomas semelhantes. Por isso, é essencial que o médico faça uma análise detalhada para confirmar que o problema é artrose.

Importância do Diagnóstico Precoce

Detectar a artrose em estágios iniciais permite uma abordagem mais eficaz para aliviar os sintomas, preservar a função articular e retardar a progressão da doença.

Tratamentos Disponíveis

Embora a osteoartrite não tenha cura, existem diversas abordagens para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida:

1. Mudanças no Estilo de Vida

Praticar exercícios físicos: Atividades como caminhada, hidroginástica e pilates ajudam a fortalecer os músculos e proteger as articulações.
Manter um peso saudável: Reduzir o peso corporal diminui a pressão sobre as articulações.
Adotar uma alimentação equilibrada: Nutrientes como ômega-3, colágeno e vitamina D são benéficos para a saúde articular.

2. Uso de Medicamentos

Analgésicos e anti-inflamatórios: Para aliviar a dor e inflamação.
Suplementos: Alguns suplementos, como colágeno tipo II e glucosamina, podem auxiliar na saúde das articulações.

3. Terapias Complementares

Fisioterapia: Ajuda a melhorar a mobilidade e reduzir a dor.
Acupuntura e quiropraxia: Algumas pessoas relatam alívio da dor com essas abordagens.

4. Opções Cirúrgicas

Nos casos mais graves, pode ser necessária a cirurgia para substituir ou reparar a articulação afetada.

Causas da Artrose Coxofemoral

Envelhecimento: O desgaste natural da cartilagem ao longo dos anos.
Sobrepeso e obesidade: Aumentam a pressão sobre o quadril, acelerando o desgaste.
Displasia do quadril: Alteração congênita que pode predispor à artrose precoce.
Lesões ou traumas: Fraturas e impactos repetitivos podem levar ao desgaste da articulação.
Doenças inflamatórias: Artrite reumatoide e outras condições podem agravar o quadro.

Sintomas

Dor profunda na virilha ou lateral do quadril, que pode irradiar para a coxa e joelho.
Rigidez matinal, dificultando os primeiros movimentos do dia.
Dificuldade para andar, subir escadas ou vestir meias e sapatos.
Estalos ou rangidos na articulação.
Diminuição da amplitude de movimento.

Diagnóstico

O médico ortopedista avalia os sintomas e pode solicitar exames como:

Radiografia: Mostra estreitamento do espaço articular e osteófitos (bicos de papagaio).
Ressonância magnética: Detecta lesões na cartilagem e tecidos moles.
Exames de sangue: Para descartar outras doenças articulares.

Tratamento

Mudanças no estilo de vida: Perda de peso, exercícios de baixo impacto (como hidroginástica) e fisioterapia.
Medicamentos: Analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos como colágeno tipo II e glucosamina.
Infiltrações: Aplicação de ácido hialurônico ou corticosteroides para alívio da dor.
Cirurgia: Nos casos avançados, a prótese de quadril pode ser necessária para restaurar a mobilidade e eliminar a dor.

Perguntas Frequentes

1. A osteoartrite pode ser evitada? Sim, manter um peso saudável, praticar exercícios e evitar movimentos repetitivos pode reduzir o risco.

2. Exercícios pioram a artrose? Não, pelo contrário! Exercícios adequados fortalecem os músculos e protegem as articulações.

3. O clima influencia na artrose? Muitas pessoas relatam piora dos sintomas em dias frios e úmidos, embora a ciência ainda não tenha uma explicação definitiva.

Novidades da Ciência sobre a Osteoartrite

A pesquisa sobre osteoartrite avança rapidamente. Algumas novidades incluem:

Terapias regenerativas: Estudos exploram o uso de células-tronco para regenerar cartilagens danificadas.
Novos medicamentos: Pesquisadores estão desenvolvendo drogas que podem retardar a progressão da artrose.
Impressão 3D de cartilagem: Tecnologia que pode criar implantes personalizados para substituir tecidos danificados.

Conclusão

A osteoartrite pode ser um desafio, mas com informação, cuidado e tratamento adequado, é possível viver bem e manter a mobilidade. Se você tem sintomas de artrose, não hesite em procurar um profissional de saúde para um diagnóstico e plano de tratamento adequado.

Com Carinho,

Marcelo Aguiar